quinta-feira, 7 de junho de 2012

Contos da Montanha, de Miguel Torga
O Pastor Gabriel

Conta a história de um pastor, chamado Gabriel, que tinha uma grande vocação e autoridade para tratar de gado. Certo dia, ao saber dessa sua vocação,  padre lhe pergunta o que é que ele fazia aos animais, que até pareciam enfeitiçados mas na verdade toda esta autoridade tinha um fim: no Verão a erva nos pastos escasseava, só havia outra solução, que era colocar o gado a pastar de noite noutros pastos. Gabriel, para tratar de gado, servia a senhores donos dos campos. Num Verão, quando fez 22 anos, servindo senhor Silvano (que era o maior proprietário de terra), deixou o gado ao sol porque já era hora de jantar, estando ele à espera de uma tigela de caldo. Nisto, sente passos e a porta abre-se - era a filha de Silvano que ia buscar vinho. Ele pede um pouco à senhora e, de seguida, pousa a caneca e deita a rapariga sobre a palha.


Victor Lucas nº23 11ºB



quarta-feira, 6 de junho de 2012

A Civilização


Em "A Civilização" de Eça de Queirós é narrada a história de Jacinto, um homem a quem a vida nunca oferecera dificuldades, bem pelo contrário, apenas munira de facilidades e de uma enorme luxuosidade, rodeando-o sempre pelas mais sofisticadas práticas quotidianas e pelas mais primorosas obras da literatura.
Contudo, Jacinto, apesar da vida ociosa que levava era infeliz e estava sempre inundado por um bocejo profundo de tédio, sentimento que experimentava no máximo da civilização. Um dia, tudo mudou, dado que na sua mudança para Torges, para bem longe da civilização, a vida não lhe concedeu os luxos a que estava acostumado em virtude de alguns imprevistos.
Assim, e após um período de imenso pessimismo, Jacinto, ao ser invadido pela beleza e simplicidade da vida bucólica redescobre a alegria e o prazer de viver, passando a desprezar os requintes exremos em torno dos quais vivia. Perdeu o ar soturno ao se apaixonar pela simplicidade e ganhou vida ao permitir-se realizar na sua dimensão humana e menosprezar a dimensão materialista, tão valorizada pela sociedade da segunda metade do século dezanove.
Enfim, virou as costas à civilização e percebeu que a ilusão inicial findara.
Gostei bastante do conto e o seu conteúdo surpreendeu-me, sendo que me pude rever em alguns pensamentos e perguntas para as quais não possuimos respostas mas que tanto procuramos saber.

Mafalda Sant'Ana 11ºB

No Moinho, Eça de Queiroz

No moinho é um conto de Eça de Queiroz que retrata a história de D. Maria da Piedade, uma “mulher modelo” na vila, conhecida pela sua incrível beleza.

D. Maria da Piadade era uma mulher muito bonita, loira, alta e magra, a vila quase tinha orgulho na sua beleza. Embora fosse uma mulher tão desejada e tão venerada sempre viveu uma vida infeliz. Era casada com João Coutinho, um homem rico, mas muito doente, e tinha três filhos que também eram doentes. Embora o seu casamento fosse uma fachada, aquela mulher nunca fugia às suas responsabilidades: era uma boa esposa, sempre cuidadosa com o marido e com os filhos, e também uma excelente enfermeira muito dedicada aos seus pacientes.

Num certo dia, João Coutinho anuncia a visita de seu primo Adrião, a Aldeia. Adrião era um escritor famoso, romancista em quem João Coutinho depositava todo o seu orgulho.

Adrião queria vender uma propriedade, porém não tinha um grande à-vontade nesse ramo. Então o seu primo recomenda D. Maria para o ajudar, e assim foi. Com esta venda, a relação entre D. Maria e Adrião ficou mais próxima, e uma tarde a senhora decide ir mostrar um velho moinho ao escritor. Durante essa vista ao moinho, Adrião não resiste aos encantos da beleza de D. Maria e beija-a.

Esse beijo mudou completamente a vida de D. Maria pois pela primeira vez na vida sentiu um ardor no coração: estava completamente apaixonada.

Algum tempo depois, Adrião termina a sua visita à vila e volta para Lisboa, deixando D. Maria para trás. Esta, perdida de amores pelo escritor, perde-se na leitura de todas as suas obras. Estava a passar pela primeira desilusão amorosa, sentia-se abandonada e carente.

A vida desta linda mulher deu uma volta, começou a ficar desleixada e não tratava dos filhos nem do marido, e como se sentia muito carente bastavam meia dúzia de palavras para ela cair nos braços de qualquer homem.
Assim a mulher perfeita, o orgulho duma vila, tornou-se uma mulher adúltera e desleixada.

Hugo Luz 11ºB Nº9

O Último Cabalista de Lisboa

"O Último Cabalista de Lisboa" é um romance do escritor norte-americano Richard Zimler, actualmente a viver na cidade do Porto, em Portugal. 



Conta-nos uma história fantástica que se não fosse fundamentada em factos verídicos nos deixaria mais tranquilos. Infelizmente, a acção decorre numa época da História portuguesa que envergonha qualquer cidadão : a inaceitável violência e intolerância religiosa de então, vinda de quem vem, provoca um enorme desconforto no "espectador". Contudo, Zimler possui a arte da sedução; depois de inúmeras hesitações acabamos por espreitar as páginas mais adiante e, embora desconfiados, deixamo-nos ficar. É com desassombro que somos conduzidos, através dos becos e vielas da Lisboa de 1506, ao tempo de D. Manuel I, rei "Venturoso" para uns, cobarde para outros a quem temeu socorrer. Era Abril, comemoravam os judeus portugueses, cristãos-novos obrigados à conversão, a sua Páscoa. Guiada e açulada pelos Dominicanos, a turba percorreu as ruas da capital matando sem demonstrar arrependimento, sem o perdão da apregoada piedade cristã;  os frades e a população invadiram casas, palácios, escolas, oficinas, padarias, sinagogas, hospitais, balneários públicos, chacinando todos aqueles que cheirassem a "marrano", nome comum de quem fosse judeu; homens e mulheres, velhos e crianças, sãos e doentes, ricos e mendigos, foram mortos sem que Cristo o impedisse. Não houve milagres; feito o frio balanço, dois mil portugueses tinham sido decepados a machado ou queimados vivos no Rossio, acusados de judaísmo. Esta história centra-se, precisamente, num desses que fora cruelmente assassinado, na sua cave. Abraão, um cabalista famoso, é assassinado na sua cave e cabe a Berequias Zarco, sobrinho e discípulo, descobrir quem foi o autor de tal crime. 


Com uma história repleta de intriga, somos transportados até a uma época com diferentes valores morais, permitindo-nos reflectir sobre a evolução dos valores morais ao longo da História portuguesa, por vezes manchada com casos como este.




Duarte Cai-Água Martins - nº6 - 11ºB

terça-feira, 5 de junho de 2012

Como ela o amava


No livro as “Noites de Lamego “de Camilo Castelo Branco, pode-se encontrar o conto “Como ela o amava” .
Este conto retrata uma historia de amor, retratando também  uma tradição portuguesa da época,a festa de S. Bartolomeu.
O conto "Como ela o amava" é todo descrito aos olhos do narrador, descrevendo assim a historia de um trio amoroso.
Inicialmente percebe-se que Isabel teve um caso amoroso com Victor, mas passado algum tempo decide deixa-lo pelo João.
Na noite do festejo da tradição de S.Bartolomeu os dois homens envolveram-se numa luta, acabando por levar a morte de João.
Isabel desesperada ao perceber que amor de sua vida, João, morrera decidiu cometer o suicidio, pois só assim poderia deixar bem claro que a sua vida sem João não existia


Diana Ferreira nº5 11ºB

As Duas Manas, Júlio Dinis

Este é um conto que nos conta a história de duas irmãs que vivem no campo e que certo dia recebem uma carta. Essa carta era do irmão de ambas que estava a pedir-lhes que o ajudassem, precisava que o recebessem a ele e a sua mulher que estava debilitada de saúde, esta precisava dos ares do campo para melhorar .
Uma das irmãs ficou indecisa se queria ou não receber o seu irmão mas a outra irmã insistiu para que os recebessem, então elas começaram a escrever uma carta com uma resposta afirmativa, mas nessa carta não sabiam o que haviam de escrever. Enquanto uma irmã escreve a carta porque tem a letra mais bonita que a outra irmã, a irmã que está a ditar o que a outra irmã tem de escrever, sempre que ela fala ouve-se o seu eco.

                                                                                Joana Rocha 11ºB  nº13

A Cor do Céu
 A Cor do Céu é um livro da autoria de Julianne Maclean, que nos apresenta a história de uma mulher com a vida perfeita, marido perfeito, emprego perfeito, filha perfeita, casa, aspecto, tudo o que uma pessoa pode desejar. Até ao dia em que descobre que a sua filha Megan, com apenas três anos, sofre de leucemia mieloide e é a partir daí que a vida de Sophie muda radicalmente. Entre lutas e esforços para tentar curar o grave problema da filha, vai vendo aos poucos e poucos o seu casamento desmoronar-se, mas quando acha que tudo está perdido aparece uma solução para a doença de Megan, dando-lhe mais dois anos de vida.
Durante esses dois anos, Sophie podia volta a dizer que era a mulher mais feliz do mundo. Claro que isto foi sol de pouca dura, pois Megan volta a adoecer e desta vez não há nada a fazer, acabando por morrer. Como se não bastasse a morte da filha, também o marido anuncia que está apaixonado por outra mulher (da qual espera um filho) e que por isso se irá divorciar de Sophie. Esta passa um período crítico da sua vida e é quando um dia estava a passear na baixa da cidade e vê o seu ex-marido com a nova noiva feliz que decide fazer uma viajem e passar uns dias em casa da irmã. 
 A caminho da casa da irmã Sophie, despista-se e cai dentro de um lago gelado. É então que inicia uma experiência de quase-morte e vivencia algo extraordinário que a fará desvendar os segredos do seu passado, que nem ela mesma conseguia perceber.  
 Inês Bernardes Nº 12      11º D

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Dia de chuva, Eça de Queirós


Este é um conto que nos fala de José Ernesto, um solteirão que morava em Lisboa, que vai até uma cidade do Norte de Portugal, com o intuito de comprar uma quinta para fugir da confusão da cidade.
Quando lá chega, sucedem-se vários dias de chuva que o impedem de visitar a quinta.
Sem ter o que fazer ou para onde ir, acaba por se entreter conversando com o padre. Nessas conversas, José Ernesto acaba por descobrir que a filha do dono da casa é Joana, uma rapariga que o entusiasmou e que lhe despertou algum interesse logo á primeira vista.
José Ernesto acaba por desistir de visitar a quinta e quer voltar para a sua cidade, mas uma vez que esta ficava longe do centro era impossível lá chegar.
Dias mais tarde o pobre homem acaba por ir visitar o dono da Quinta e reencontra Joana. Têm longas conversas e acabam por casar num dia de chuva.

Patrícia Rodrigues Costa 11ºB Nº18

Mutilada, Khady


Este livro conta-nos a história de uma mulher senegalesa chamada Khady.
 


A família de Khady pertencia à casta dos nobres e tinham a religião soninké. Viviam nos subúrbios de Thiés, no Senegal. Esta mulher, com apenas sete anos, sofreu um costume tradicional da sua região, a excisão, isto é, cortaram-lhe o clítoris. A esta prática bárbara chamam purificação.
 Na aldeia de Khady era costume as avós educaram uma determinada criança, e a avó responsável por ela era a avó Fouley, cuja morte vai transtornar Khady. 

Entretanto, Khady casou-se com um primo, de França, que tinha mais 20 anos do que ela. Já que tinha que ir viver para França, o seu objectivo era arranjar emprego, receber um salário e assim ajudar a sua família, proporcionando-lhes uma melhor qualidade de vida. 

Em França, Khady conhece uma mulher soninké, que, por sua vez, a apresenta a uma amiga que é de Dakar. O marido apresenta-lhe também duas mulheres, que eram esposas de um amigo dele (a poligamia está muito presente neste livro devido à religião a que pertencem). Khady teve a primeira filha em 1976, a quem deu o nome de Mouna. Quando ia às consulta de pediatria com a sua filha, Khady, já que aprendera bem francês, servia de intérprete entre as enfermeiras e as restantes mulheres africanas. Arranjou emprego numa estação de comboios, e enviou o seu primeiro salário para a família. A sua segunda filha nasce em 1977, Kiné, e, nesta segunda gravidez, Khady adoece e as crianças vão para casa de uma prima. Esta prima purifica as crianças; Mouna tinha 2 anos e Kiné 18 meses. 

Em 1978, nasce a terceira filha, Abi, e em 1979 entra em vigor a lei que proíbe a excisão no Senegal. Ainda nesse ano, Khady e as filhas vão ao Senegal visitar a família. No regresso a França, Khady começa um Curso de contabilidade que é interrompido em 1980, devido à quarta gravidez, desta vez de um menino, Mory. Khady começou a demonstrar que não queria ter mais relações sexuais e igualmente deixar de engravidar.  Decidiu começar a tomar a pílula, o que originou discussões conjugais. É nesta altura que arranja emprego, com um contrato de 6 meses, numa companhia de seguros. O marido volta a casar com outra mulher africana (poligamia) e Khady engravida pela quinta vez em 1984. Nasce outra filha a quem chamou Binta. Entretanto, a co-esposa do marido chega a França, e numa das vezes em que vão passear com as crianças, Kiné, morre atropelada. Khady entra em depressão, pede o divórcio e regressa ao Senegal com os 4 filhos.

Deixou que purificassem a filha mais nova, contudo agora dedica-se a lutar para que estas práticas de costumes tradicionais acabem.

Enquanto lemos este livro sentimos a revolta, mas ao mesmo tempo sorrimos com a força de vontade e com a coragem desta mulher.

Marta Luz 11ºD Nº15