A Civilização
Em "A Civilização" de Eça de Queirós é narrada a história de Jacinto, um homem a quem a vida nunca oferecera dificuldades, bem pelo contrário, apenas munira de facilidades e de uma enorme luxuosidade, rodeando-o sempre pelas mais sofisticadas práticas quotidianas e pelas mais primorosas obras da literatura.
Contudo, Jacinto, apesar da vida ociosa que levava era infeliz e estava sempre inundado por um bocejo profundo de tédio, sentimento que experimentava no máximo da civilização. Um dia, tudo mudou, dado que na sua mudança para Torges, para bem longe da civilização, a vida não lhe concedeu os luxos a que estava acostumado em virtude de alguns imprevistos.
Assim, e após um período de imenso pessimismo, Jacinto, ao ser invadido pela beleza e simplicidade da vida bucólica redescobre a alegria e o prazer de viver, passando a desprezar os requintes exremos em torno dos quais vivia. Perdeu o ar soturno ao se apaixonar pela simplicidade e ganhou vida ao permitir-se realizar na sua dimensão humana e menosprezar a dimensão materialista, tão valorizada pela sociedade da segunda metade do século dezanove.
Enfim, virou as costas à civilização e percebeu que a ilusão inicial findara.
Gostei bastante do conto e o seu conteúdo surpreendeu-me, sendo que me pude rever em alguns pensamentos e perguntas para as quais não possuimos respostas mas que tanto procuramos saber.
Mafalda Sant'Ana 11ºB
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