sexta-feira, 8 de abril de 2011

''Nómada'' - Stephenie Meyer

Nómada”, o novo romance da autora norte-americana Stephenie Meyer, autora da saga de vampiros e lobisomens “Luz e Escuridão”.
Expliquemos, a Terra foi invadida por seres alienígenas, mas a invasão é feita pela alma. Ou seja, os habitantes da Terra passam a ser os hospedeiros dos aliens. A alma humana dá lugar (forçada) à alma extraterrestre, já que esta última precisa de se expandir do seu mundo já esgotado. Indiferentes ao tipo de hospedeiros que os acolhem, os aliens adaptam-se a viver em qualquer mundo e chegam a Terra depois de já terem passado, por exemplo, por mundos povoados por espécies de golfinhos ou aranhas.
Os parasitas da alma aos poucos começaram a dominar o nosso planeta e criam cá uma sociedade aparentemente perfeita, onde a aparência exterior permanece inalterada, embora haja melhorias notórias. Por exemplo, a saúde é uma área vital, quase não há doenças, e a criminalidade praticamente desapareceu. Praticamente porque, na verdade, há ainda uns focos de resistência humana a esta invasão, seja em grupos seja a nível individual.
Nem todos os humanos estão satisfeitos com as novas regras. Na verdade, a esta nova Terra ironicamente falta… alma. E é por aqui que “Nómada” segue. O leitor, tal como qualquer alien parasita “invade” a mente de Melanie Stryder, a protagonista. Ela foi possuída por uma invasora, chamada Nómada, mas algo correu mal, já que se mantém consciente dentro do seu próprio corpo, em paralelo com Nómada. Um verdadeiro caso de dupla personalidade. Acaba por tornar-se uma espécie de consciência da extraterrestre, levando esta a questionar-se sobre a bondade da invasão protagonizada pela sua espécie. Nómada não sabe como viver/conviver com as sensações e emoções dos humanos, sendo-lhe difícil compreender sentimentos como solidariedade, compaixão e, inevitavelmente, amor.
Jared é o homem que Melanie ama e ela praticamente obriga Nómada a ir ao encontro dele. Quando o encontram, começam aí os verdadeiros dilemas internos de Nómada.
Nómada/Melanie vão parar a uma comunidade que vive escondida numa região remota, que tenta recriar em pequena escala o modelo de sociedade existente antes da invasão.
Ao contrário de outros livros da autora, em “Nómada” não há a sensação de que se caminha para um desfecho que… não tem desfecho. Não há aqui um objectivo. A história, apesar de ter uma conclusão, deixa algumas pontas suficientemente soltas para, caso seja necessário, dar início a uma eventual saga.
Aconselho vivamente a lerem este livro, sendo ele cheio de paixão e mistérios.
Sofia Landeiro, 10ºC

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